domingo, 11 de agosto de 2019

FÓRUM ANIMAL SE APROXIMA DE PARTIDOS E ONGS ANIMALISTAS NA EUROPA:




Cartaz de rua na Dinamarca sobre bem-estar animal



O Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal está ampliando o relacionamento com organizações que representam a causa animalista fora do Brasil. Em julho, a entidade se reuniu com partidos políticos animalistas e Organizações Não-Governamentais na Holanda e na Dinamarca, representado pela diretora de educação, Elizabeth MacGregor.



Atualmente, há na Europa cerca de 11 partidos animalistas e todos compartilham do princípio fundamental de proteger interesses de animais não-humanos. Eles representam eleitores de países membros da União Européia: Holanda, Bélgica, França, Alemanha, Espanha, Grécia, Portugal, Itália, Suécia, Chipre e Reino Unido.




“Ampliar a representatividade no Parlamento Europeu é uma de suas metas na luta por direitos animais e um futuro ecologicamente sustentável’, destaca MacGregor.



Em Amsterdam (foto), a diretora de educação do Fórum Animal foi recebida por Eva van Esch e Ines Kostic, do Partido Animalista holandês. Elas foram apresentadas por Mark Pearson, membro de Partido Animalista da Austrália, que visitou o Brasil e se reuniu com a equipe do Fórum Animal no Rio de Janeiro, no início deste ano.



O encontro debateu as principais questões da proteção animal no Brasil e a possibilidade de fundar o partido animalista no país. Elizabeth também foi convidada a ir ao congresso anual dos partidos, este ano em Portugal.



Também em Amsterdam, a representante do Fórum Animal reuniu-se com a etóloga Lesley Moffat, da ONG Eyes on Animals, para falar sobre a exportação de gado vivo, que ocorre principalmente do Brasil e da Austrália,e também da Europa, para países como Turquia, Líbano e Síria.



“Não há nesses países nenhuma lei que minimamente proteja animais. Lesley viaja constantemente ao Oriente Médio onde, além de tentar estabelecer parâmetros de proteção animal, registra fotograficamente a chegada de animais, inclusive do Brasil, para abate nas piores condições imagináveis”, destaca MacGregor.

Teia da vida





Na Dinamarca, Elizabeth esteve com membros do Partido Vegano, que está se preparando para participar do Parlamento dinamarquês nas próximas eleições. Em frente à prefeitura de Copenhagen, participou da exposição sobre como são criados animais em fazendas, também com membros da ONG Anonymous for the Voiceless.



“Apesar de a condição de animais de produção na Dinamarca ter um grau muito maior de bem-estar, de forma geral, ainda há muito a ser feito. E o partido vegano dinamarquês trabalha sob 3 pilares básicos: Clima e Meio Ambiente, Saúde Humana e Direito Animal, visão holística fundamental para todos os seres vivos”, explica Elizabeth.




A diretora de educação do Fórum Animal foi entrevistada por Henrik Windfeldt, Lars Olesen e Michael Monberg (foto), em uma transmissão ao vivo assistida por milhares de pessoas. A conversa abordou não só a questão animal, mas também ambiental no Brasil, que atualmente está gerando preocupações devido ao aumento do desmatamento, liberação de agrotóxicos e incentivo à caça de animais silvestres. Inclusive, um dos principais jornais dinamarqueses, Politiken, publicou artigo com o título “Presidente deixa desmatamento da floresta tropical acontecer em tempo recorde”.



Dinamarca, Suécia e Noruega, países escandinavos, estão muito à frente do restante do mundo em todas as questões ecológicas, como reciclagem e uso de energia alternativa (eólica e solar), preocupação real de seus governos e população engajada.






Greta Thunberg, estudante sueca que alcançou notoriedade mundial por sua postura assertiva em defesa do meio ambiente, assim como de animais, afirma crer que virá de movimentos sociais, com o devido empoderamento de grupos locais, a real possibilidade de pelo menos se retardar a crescente degradação ambiental em todo o mundo.



E, nesse sentido, o Fórum Animal se coloca como defensor e propagador do conceito da teia da vida, em que animais humanos, animais não-humanos e o meio ambiente se inserem em uma rede de relações de interdependência, e luta contra a exploração antropocêntrica do planeta e seus elementos bióticos.

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